Chegando no fim do quadrimestre, a
faculdade fica vazia, eu fico nostálgico com tudo o que aconteceu, com as
coisas que se foram, com o que poderia ter sido... Nostálgicos só precisam de
motivos, só precisam de causas para dar significados às suas consequências (no
caso a nostalgia, pronta, como que assada em um micro-ondas, ou como café
solúvel). Os últimos ajustes para a entrega do nosso projeto. Confesso que
estou um pouco cansado, não é culpa do curso, é a rotina do trabalho, da
família, as coisas girando ao redor, pesando sobre os ombros. Tem dias que é difícil
carregar esse peso todo. Já não basta o peso da minha própria cabeça.
Amadurecer é aprender a andar com a cabeça cheia, como se estivesse vazia.
Porque do contrário você explode, ou no mínimo, toma decisões errôneas, fala
coisas que não deveria, etc.
Alucinante
segunda-feira, 22 de janeiro de 2018
Nosso Jogo
Nosso Jogo
Quando nosso mestre nos pediu para embarcarmos no ambicioso projeto de criar um programa/jogo, senti várias coisas. A primeira delas é que eu tinha absoluta certeza de que não faia a menor ideia de como sequer começar. A segunda era a de que eu precisava pisar mais na aula, ouvir mais, participar efetivamente, acho que tenho estado muito aéreo, muita coisa acontecendo ao mesmo tempo na vida e tenho a impressão de que quanto mais velho fico maior a quantidade de coisas e maior a intensidade com as quais elas acontecem. A terceira e mais feliz constatação/sentimento, foi a de que, a despeito do que havia pensado, a matéria (componente curricular, como chamam aqui na UFSB) me possibilitaria utilizar muito mais minha imaginação do que havia imaginado que o faria. Tenho sentido a necessidade de exercitá-la como outrora, tirar as teias, a poeira, esticar os tendões da minha imaginação que mal têm conseguido andar sem arrastar os pés, carcomida, caquética, desnutrida.
Quando definimos que o
público alvo seriam crianças em fase de alfabetização, eu pensei: o layout do
jogo poderia ser bem intimista, como se ela, a própria criança, pudesse se
sentir como autor da história, que se desvendaria ali, na sua frente, o que
aumentaria a imersão (idéia inspirada no jogo que se tornou um grande sucesso
de 2017: ‘Cuphead’, que possui gráficos minimalistas e simplistas, quase
parecendo um cartoon de 1950).
Encontramos bastante
material, em especial um resumo de uma conferência da USCP de 2013 envolvendo
profissionais da área da educação tratando justamente sobre o assunto da
alfabetização e da utilização de historinhas como ferramentas nesse processo.
Isso serviu tanto de base quanto de inspiração para que tivéssemos um norte ao
criar o NOSSO PRÓPRIO JOGO DE SUCESSO... HEEHE... To be continued...
Cuphead
Links:
http://www.metacritic.com/game/pc/cuphead
Imagem extraída de :
https://static.gamespot.com/uploads/original/536/5360430/2889873-cuphead-flower1.png
Sobre criar a partir do nada
Sobre criar a partir do nada
Entender como as coisas
funcionam é, para além da obrigação, uma forma de tornar-se imortal e
sobrepujar a vã e efêmera existência. Estudamos a numeração maia e me senti
como Einstein quando disse que estivera apoiado sobre ombros de gigantes (Newton
e companhia) para poder tecer suas teorias. Essas coisas estão
"prontas" percebemo-nas como se sempre tivessem existido. Difícil
imaginar a vida em um povo que não domina o mínimo da matemática básica,
exercício de empatia anacrônica. Certo é que todos os dias, homens e mulheres
descobrem um pouco mais sobre a nossa realidade e sobre a natureza, nos
deixando cada vez mais perto de nós mesmo e distantes do misticismo ignorante
que não consegue explicar mais como e por que as coisas existem, não estamos
mais nas cavernas. Antes essas mentiras eram reconfortantes, hoje são
descartáveis. Como diria Neil de Grace Tyson, é necessário primeiro reconhecer
a própria ignorância para superar a barreira do desconhecido... Essa é a minha
perspectiva, um povo que desbravou o desconhecido e nos trouxe até aqui onde
estamos, partindo praticamente do nada... Talvez esse seja o maior legado da
raça humana se é que ela vá deixar algum para a posteridade universal: Sua
capacidade de criar...
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O peso das coisas
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